QUEM FEZ NASCER A SCHOLÉ?
A Scholé nasce da iniciativa privada de seis sócios fundadores, pais e educadores, que procuravam alternativas e queriam colocar em prática aquilo que a investigação aponta como espaços e experiências de aprendizagem significantes. Os sócios têm perfis e percursos muito diferentes que ajudaram também a criar uma visão mais abrangente e diferenciadora para a Scholé: há pais, mães e avós; há educadores, consultores, investigadores e pessoas da área da gestão e do marketing. Reunimos o conhecimento, competências e rede na área da aprendizagem ao longo da vida para poder abraçar o desafio de construir um novo espaço de aprendizagem, mas quisemos que a equipa fosse mais que isso e representasse também a diversidade da sociedade em que as crianças irão participar e intervir, beneficiando de muitos olhares críticos e construtivos. Conheça a nossa equipa!
QUEM FAZ PARTE DA EQUIPA PEDAGÓGICA?
A equipa pedagógica da Scholé, a tempo inteiro, inclui profissionais da área da educação pré-escolar e ensino básico de 1º e 2º ciclo. A complementar esta equipa temos também um conjunto de orientadores que assegurarão as oficinas de artes plásticas, música, psicomotricidade e movimento bem como as atividades extracurriculares.
QUAL É A ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA DA SCHOLÉ?
A orientação educativa das crianças que frequentem a Scholé segue as orientações curriculares preconizadas pelo Ministério da Educação, não se limitando, no entanto, a elas. A orientação pedagógica da Scholé baseia-se na metodologia de projeto de inspiração dinamarquesa (Kaospilot) e profundamente experiencial e experimental, complementada por outras abordagens e metodologias, de que são exemplo o Método Montessori e a Abordagem Reggio Emilia, permitindo que cada criança atinja os objetivos estabelecidos, sentindo-se desafiada, livre e competente.
QUAIS SÃO AS INSPIRAÇÕES, REFERÊNCIAS E PARCEIROS DA SCHOLÉ?
A Scholé nasce agora mas beneficia de anos de investigação e prática de organizações educativas que existem, algumas delas, há muitos séculos. Para construirmos o nosso projeto de escola quisemos conhecer, explorar e viver experiências de aprendizagem reconhecidas, internacionalmente, pela sua inovação, impacto e significado. No tópico inspiração podem conhecer alguns dos projetos e parceiros cujo trabalho, nas áreas da aprendizagem, da ludicidade, da intervenção comunitária, tem orientado a construção do nosso projeto de escola.
QUEM SÃO OS PARCEIROS pedagógicos DA SCHOLÉ?
A Scholé procura, desde a sua fundação, estabelecer relações de parceria com escolas na Europa (e.g. Dinamarca, Holanda), mas também nos EUA, Chile e México. Esta cooperação internacional permitirá à Scholé fomentar uma relação de partilha com outras organizações e agentes educativos, identificar boas práticas, partilhar experiências e promover um olhar e reflexão externos que poderão ser fundamentais na evolução e melhoria contínua da nossa escola. A par desta relação institucional, pretendemos também proporcionar às crianças Scholé contactos com outras realidades e culturas através de atividades e projetos que possam incluir uma vertente internacional.
NA METODOLOGIA ADOTADA PELA SCHOLÉ OS PROJETOS (BASE DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM) SÃO DEFINIDOS PELOS ORIENTADORES OU PELAS CRIANÇAS?
A operacionalização dos projetos vai contemplar projetos individuais e projetos coletivos. Os projetos individuais nascerão de interesses, dúvidas, paixões de cada criança. Os projetos coletivos podem ser propostos pelos alunos, pelos orientadores educativos ou podem nascer de outros projetos e da exploração da comunidade. Cada projeto, individual ou coletivo, implicará que as crianças, em articulação com os orientadores, definam um roteiro de aprendizagem que incluirá a questão/desafio de partida, as fases do projeto, a calendarização e o processo de acompanhamento e avaliação.
ESTA ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA IMPLICA QUE AS CRIANÇAS DECIDAM POR SI SÓ COMO ORGANIZAR O SEU PERCURSO E QUOTIDIANO DE APRENDIZAGEM?
Não. Os orientadores pedagógicos da Scholé têm um papel fulcral no processo de aprendizagem dos alunos e na sua construção pessoal e social. Caberá a estes orientadores promover o necessário espaço-tempo num ambiente de aprendizagem seguro mas simultaneamente desafiador, exigente e estimulador, para que as crianças possam explorar, desenvolver e consolidar conhecimentos, atitudes e competências. As crianças terão um papel central na Scholé e serão os primeiros agentes na construção da sua aprendizagem, mas a sua jornada será sempre apoiada pelos seus pares e pelos orientadores educativos e estará sempre enquadrada nas rotinas, papéis e regras da Scholé.
FALA-SE MUITO DOS PROJETOS. MAS QUANDO É O TEMPO E COMO ACONTECE A VALIDAÇÃO DE CONHECIMENTOS, ATITUDES E COMPETÊNCIAS?
A avaliação na Scholé é um momento da nossa jornada de aprendizagem, não um fim. E a nossa jornada de aprendizagem é um processo iterativo. Para estimularmos um espírito de aprendizagem ao longo da vida queremos que as crianças percebam que aprender implica, a qualquer momento, desaprender e voltar a aprender. E que as aprendizagens, como o mundo, estão interligadas de forma sistémica, relacionam-se, influenciam-se e impactam-se. A aprendizagem na Scholé pressupõe o desenvolvimento integral das crianças (cabeça, coração & mãos) e implica também a sua construção enquanto seres sociais, membros de uma comunidade para a qual contribuem e na qual participam ativamente. A validação dos conhecimentos, atitudes e competências subjacentes a esta visão de aprendizagem pressupõe também um conjunto diversificado de recursos e uma monitorização contínua do percurso de cada criança. A estratégia de monitorização e avaliação contempla elementos de autoavaliação, avaliação entre pares, avaliação dos orientadores educativos e feedback dos encarregados de educação e da comunidade. Engloba, por isso, múltiplas estratégias, preferencialmente formativas e qualitativas (e.g. apresentação de projetos, portfólios, registos de vídeo, exposições) e baseadas nas orientações do Visible Learning abordagem sugerida pela Harvard University e explorada na filosofia de Reggio Emilia. Não se exclui, no entanto, a utilização pontual de instrumentos de avaliação como fichas ou testes, se considerados relevantes durante o processo de aprendizagem.
E QUE TEMPO TÊM AS CRIANÇAS PARA BRINCAR?
De acordo com a maioria dos dicionários de língua portuguesa, brincar corresponde a: “1. divertir-se (com jogos); entreter-se (com brincadeiras infantis); 2. Gracejar, zombar; 3. Proceder com leviandade (em relação ao algo)”. Na Scholé preferimos escolher outra conceção do brincar, seguimos as recomendações e investigações da Lego Foundation e entendemos o brincar como uma das nossas estratégias de aprendizagem favoritas. Seja dentro do horário curricular e no âmbito dos projetos de aprendizagem – através de abordagens lúdicas, da utilização do storytelling, da aprendizagem baseada em jogos e dos múltiplos recursos digitais de apoio; ou nos vários tempos e espaços livres que a frequência da Scholé inclui, queremos que as crianças brinquem (muito!). Brincar permite explorar, experimentar, simular, desafiar-se, assumir riscos, criar soluções, resolver problemas – e divertir-se! Por tudo isso, brincar potencia o envolvimento das crianças na aprendizagem, facilita a sua interação e o desenvolvimento da relação e da empatia, favorece a comunicação e… dá asas à imaginação!
QUAL É O PAPEL DA TECNOLOGIA NA SCHOLÉ?
As crianças da Scholé estarão entre as chamadas nativas digitais. Mas o facto de nascerem num mundo mediado pela tecnologia e de rapidamente dominarem o movimento do deslizar no ecrã não significa que sejam utilizadores conscientes da tecnologia. Na Scholé a tecnologia vai ser um recurso educativo, entre muitos, a servir de apoio à intervenção dos orientadores educativos e ao processo e projetos de aprendizagem das crianças. Mas queremos, sobretudo, que percebam o potencial e os limites dos recursos e equipamentos digitais: que compreendam o valor acrescentado da sociedade em rede e da efetiva partilha de conhecimento mas que sejam capazes, simultaneamente, de identificar fontes de informação fiáveis e que compreendam o carácter permanente da sua pegada digital. A utilização dos recursos e equipamentos por parte das crianças será sempre acompanhada pelos orientadores para que possam otimizar a exploração de informação e a construção do conhecimento e dos recursos, beneficiando das múltiplas ferramentas criativas à sua disposição, mas que o façam de forma responsável e compreendendo as regras e implicações da utilização de informação e ferramentas disponibilizadas online. Na Scholé as crianças serão nativas digitais conscientes.
O QUE É QUE QUEREM DIZER COM APRENDER EM COMUNIDADE?
Na Scholé acreditamos que a escola é mais do que as 4 paredes do nosso bonito edifício. Que o que temos para aprender não se resume às palavras que vêm nos livros ou aos endereços que encontramos na internet. Na Scholé assume-se, desde o momento da inscrição, o direito e o dever de aprender em comunidade. De sair à rua, de interagir com as pessoas, os recursos e equipamentos do nosso bairro, da nossa comunidade, da nossa cidade & do mundo e de os usar ao serviço da nossa aprendizagem e do nosso desenvolvimento integral. Mas esta predisposição para aprender em qualquer lugar e com qualquer pessoa implica também uma atitude de responsabilidade e de co-construção de uma comunidade educadora. E é por isso que na Scholé as crianças vão sair frequentemente para aprender na comunidade mas vão, simultaneamente, capacitar-se para ajudar a construir essa comunidade e, através dos seus projetos ou da Escola de Grandes, intervir para capacitar outros cidadãos educadores.
QUE PAPEL PODERÃO TER OS ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO NA SCHOLÉ?
Uma verdadeira comunidade aprendente requer a participação ativa e proativa dos encarregados de educação. Na Scholé queremos que sejam também agentes e que cooperem regularmente para a construção e melhoria contínua da escola. Mais que definir momentos formais de comunicação, a Scholé desenhará, em colaboração com os encarregados de educação, estratégias e recursos que fomentem o diálogo e a relação e que promovam a sua efetiva participação nas várias dimensões da escola. Aos encarregados de educação será dada oportunidade de conhecer e compreender o projeto educativo da Scholé, a orientação pedagógica e a visão para o futuro da aprendizagem e das crianças Scholé para que possam, de modo informado, colaborar com os órgãos de gestão da escola, participar nos momentos de reunião coletiva, cooperar em grupos de discussão e trabalho e apoiar ativamente o projeto de desenvolvimento integral das crianças.
COMO É QUE SE ORGANIZA A SCHOLÉ?
Na Scholé as crianças não estão divididas por ano de escolaridade. Durante o horário curricular a aprendizagem não será compartimentada por blocos individuais de horas para cada conteúdo/disciplina. As crianças, acompanhadas pelos orientadores educativos, terão uma experiência de aprendizagem integral e, no âmbito dos seus projetos – individuais e/ou coletivos –, poderão explorar e consolidar os conhecimentos e competências expectáveis nas orientações curriculares nacionais bem como aquelas que são consideradas essenciais para a missão da Scholé.
O QUE ESTÁ INCLUÍDO NA MENSALIDADE?
A mensalidade da Scholé é um ‘tudo incluído’. A mensalidade engloba a frequência, em todo o horário de funcionamento da escola, a alimentação (lanche da manhã, almoço e lanche da tarde), as atividades curriculares (incluindo inglês, artes, psicomotricidade, movimento, rugby e música) e as visitas à comunidade envolvente. A taxa de inscrição suporta o Kit Scholé – o seguro escolar, o vestuário para deslocações ao exterior e os materiais escolares.
COMO SE APLICA O DESCONTO DE FAMILIARES DO AGREGADO (IRMÃOS)?
Aos irmãos (e por cada irmão/irmã) será aplicado um desconto de 20% sobre a mensalidade.
QUAL O HORÁRIO EM QUE AS CRIANÇAS PODEM ESTAR NO ESPAÇO DA SCHOLÉ?
A Scholé estará aberta entre as 7h30 e as 19h30. Isto não significa que as crianças estarão no edifício-escola durante 12 horas, mas que os encarregados de educação têm flexibilidade para gerir os seus horários e usufruir da escola da forma que melhor convier à dinâmica familiar. Há um período curricular fixo, entre as 9h30 e as 16h30 (pré) ou 17h30 (iniciação) no qual todas as crianças da Scholé deverão participar. O restante horário será gerido por cada família.
COMO É OCUPADO O TEMPO DAS CRIANÇAS QUE PERMANECEM NO ESPAÇO DA SCHOLÉ APÓS O TÉRMINO DO HORÁRIO CURRICULAR?
Entre as 7h30 e as 9h30 a Scholé está em modo acolhimento. Neste período as crianças poderão terminar o sono e os sonhos que ainda trazem de casa, explorar a biblioteca, conversar e brincar dentro ou fora de portas. Antes de iniciarem o horário curricular as crianças farão sempre Check-In – vão reunir-se em círculo, partilhar como se sentem, escutar como se sentem os outros, preparar mentes, corações e corpo para iniciar o dia de aprendizagem que se segue. Entre as 12h30 e as 14h30 a Scholé faz uma pausa. As crianças, de todos os grupos, vão preparar o refeitório, almoçar e, depois reinstalada a ordem na cozinha vão poder dormir, descansar, brincar ou simplesmente parar. No final do horário curricular as crianças terminam com um Check-Out – vamos refletir sobre como correu o dia, o que gostamos mais ou menos de explorar, qual foi o momento mais importante, o que ficou para aprender ou concretizar no dia seguinte. Após o horário curricular a Scholé fica à disposição das crianças. As salas de atividades, as oficinas, a biblioteca, os recreios exteriores e os recursos da Scholé estarão disponíveis para serem usados livremente pelas crianças (sob acompanhamento de adultos). Em alternativa, as famílias podem optar por um conjunto de atividades extracurriculares diversas a realizar, sempre que possível, no edifício-escola.
ONDE SÃO PREPARADAS AS REFEIÇÕES E POR QUEM?
A Scholé não dispõe de cozinha e por isso o serviço de almoço será assegurado por um prestador de serviços externo. O plano nutricional é desenhado de acordo com as necessidades de desenvolvimento das crianças, procurando ser diversificado e promover hábitos alimentares saudáveis. Haverá, sempre que requerido pelos encarregados de educação, a possibilidade de ajustar os menus a dietas específicas para determinadas opções, intolerâncias ou alergias alimentares.
QUE ATIVIDADES EXTRACURRICULARES SÃO PROPORCIONADAS NA SCHOLÉ?
A Scholé disponibilizará, no início de cada ano letivo, um conjunto diversificado de opções extracurriculares abertas à participação das crianças Scholé mas também das crianças da comunidade envolvente.
QUANDO É QUE A SCHOLÉ FECHA?
A Scholé estará aberta de janeiro a dezembro e encerrará apenas em datas previstas no Regulamento Interno (feriados, pontes e uma semana em agosto para higienização e trabalho de preparação da equipa pedagógica).